Uma proposta simétrica, duas estruturas que se espelham separadas por um patio vazio. Um estreito curso d’água linear corre pelo eixo do pátio, direcionando as vistas ao oceano Pacífico.
Cada edifício tem seis pavimentos, sendo os três primeiros laboratórios e os três últimos, áreas de apoio. Estão conectados a torres salientes que abrigam os recintos de estudos individuais. As torres ao extremo leste dos edifícios contem os sistemas de aquecimento, ventilação, entre outros, enquanto ao extremo oeste as torres apresentam seis pisos de escritórios e faceiam o oceano Pacífico, proporcionando um ambiente acolhedor e tranquilo para a concentração. A separação dos laboratórios e recintos de estudo individual foi deliberada, marcando as diferentes atividades.
Devido aos códigos de zoneamento, os dois primeiros pavimentos deveriam ser subterrâneos, onde ficam alguns laboratórios. Para que recebessem luz solar suficiente, foram projetados uma série de lightwells em ambos os lados de cada edifício, com aproximadamente 12 m de comprimento e 7,5 m de largura. Os laboratórios acima do solo são espaços iluminados por grandes painéis de vidro.
Os materiais que compõem o Instituto Salk são o concreto, madeira, chumbo, aço e vidro. O concreto foi feito a partir do estudo de uma técnica da arquitetura romana. Uma vez realizado, não houveram toques adicionais de acabamento, a fim de propiciar o brilho natural do concreto. Os espaços “servidos” e os “serventes”, como Kahn os denomina, são claramente separados.
O patio vazio é de mármore travertino. A vista é direcionada ao mar, através da fio de água que corre por seu eixo. A simetria é assim enfatizada, e a monumentalidade se faz presente. Um “cuidadoso projeto do espaço”, afirmava Louis Kahn.
O Instituto Salk foi criado pelo Dr. Jonas Salk, inventor da vacina contra a poliomielite.